Matemáticas Divergentes no rio Maracapucu

Autores

DOI:

10.37084/REMATEC.1980-3141.2024.n47.e2024043.id708

Palavras-chave:

Potencial criativo, Matemática divergente, Educação matemática crítica

Resumo

O objetivo deste artigo é evidenciar a diversidade cognitiva, manifestada na narrativa de um jovem socialmente estigmatizado em função de sua competência intelectual. A contraposição a matemática escolar favorece a emergência de matemáticas divergentes, em uma comunidade ribeirinha, margeada pelo rio Maracacupu, na Amazônia Paraense. Os saberes matemáticos divergentes constituídos na prática da venda da gasolina na beirada, demonstram o potencial criativo, aliado ao pensamento divergente constituído nas práticas socioculturais. Os resultados apontam a necessidade de uma educação que considere o contexto sociocultural dos indivíduos, seus saberes etnomatemáticos e seu modo de fazer cultura. Além de apontar a importância de uma Educação Matemática nas escolas ribeirinhas que respeite as formas do indivíduo matematizar o conhecimento e expressar sua inteligência.

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Biografia do Autor

Mônica de Nazaré Carvalho, Universidade Federal do Pará

Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemáticas (PPGECM) da Universidade Federal do Pará (UFPA). Mestra em Educação pelo Programa de Pós-graduação em Educação (PPGED) da Universidade do Estado do Pará. (UEPA) Especialista em Tradução Audiovisual Acessível. Especialista em Atendimento Educacional Especializado. Especialista em Educação Inclusiva. Graduada em Gestão de Órgãos Públicos. Professora pesquisadora do Núcleo de Pesquisa Culturas e Memórias Amazônicas (CUMA/UEPA). Pesquisadora e integrante da linha de pesquisa Educação Inclusiva e Diversidade, do Núcleo de Educação Popular Paulo Freire (NEP/UEPA), Membro do Grupo Ruaké - Pesquisa em Educação em Ciências, Matemáticas e Inclusão. Membro da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPEd). Membro da Sociedade Brasileira de Educação Matemática (SBEM). Possui experiência na área de Educação, com ênfase em Educação Especial, atuando principalmente nos seguintes temas: Educação Especial, Deficiência Visual, Atendimento Educacional Especializado, Educação Inclusiva e acessibilidade comunicacional, destacando-se na consultoria em Audiodescrição.

Elielson Ribeiro de Sales, Universidade Federal do Pará

Possui Licenciatura em Matemática pela Universidade do Estado do Pará, mestrado em Educação em Ciências e Matemáticas pela Universidade Federal do Pará e doutorado em Educação Matemática pela Universidade Estadual Júlio de Mesquita Filho. Atualmente é professor da Universidade Federal do Pará no Curso de Licenciatura Integrada em Ciências, Matemática e Linguagens, professor do Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemáticas, coordenador do Grupo Ruaké (Grupo de Pesquisa em Educação em Ciências, Matemáticas e Inclusão), membro do GT13 - Diferença, Inclusão e Educação Matemática da Sociedade Brasileira de Educação Matemática. Atua na área de Ensino, com ênfase em Educação em Ciências e Matemáticas nos seguintes temas: Ensino e aprendizagem de ciências e matemáticas em uma perspectiva inclusiva.

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Publicado

2024-12-21
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Como Citar

CARVALHO, Mônica de Nazaré; SALES, Elielson Ribeiro de. Matemáticas Divergentes no rio Maracapucu. REMATEC, Belém, v. 19, n. 47, p. e2024043, 2024. DOI: 10.37084/REMATEC.1980-3141.2024.n47.e2024043.id708. Disponível em: https://www.rematec.net.br/index.php/rematec/article/view/708. Acesso em: 1 maio. 2025.

Edição

Seção

Artigos Cientí­ficos