O uso gramatical do gesto ostensivo: uma análise sobre o ensino de conceitos matemáticos

Autores

DOI:

10.37084/REMATEC.1980-3141.2019.n31.p104-119.id190

Palavras-chave:

Jogos de linguagem, Gesto ostensivo, Treinamento, Terapia filosófica, Wittgenstein

Resumo

Este artigo visa compreender a utilização de gestos ostensivos no ensino de conceitos matemáticos. O foco está na constituição do sentido nesse domínio do conhecimento. A discussão, apesar de se caracterizar como teórica, procura ilustrar a discussão com exemplos de situações de ensino com a finalidade de clarificar a região de inquérito delimitada, o que se constitui como uma metodologia que tem inspiração na terapia filosófica wittgensteiniana. A análise é fundamentada na filosofia de Ludwig Wittgenstein, para a qual o gesto ostensivo é um instrumento linguístico que nos permite estabelecer uma ligação interna entre uma palavra e o objeto para o qual apontamos. Os resultados apontam que o gesto ostensivo pode favorecer a compreensão de conceitos matemáticos, na medida em que se configura como um meio de apresentação de convenções linguísticas que contribuem com a constituição do sentido do conceito a ser ensinado.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Referências

ACERO, J. J. Wittgenstein, la definión ostensiva y los limites del lenguage. Revista Teorema, Vol. XVIII, n. 2, pp.5-17, 1999.

BERALDO, C. R. F. O princípio da Proporcionalidade na Constituição Federal de 1988. Revista Acadêmica Direitos Fundamentais, Ano 2, n.2, p. 57-65. Osasco-SP, 2008. BOECHAT, T. A definição ostensiva das palavras como fundamento da linguagem. In: V Seminário de Pós-Graduação em Filosofia da UFSCar. 2009.

BRASIL. Parâmetros curriculares nacionais: matemática. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1997.

BRASIL. Orientações Curriculares para o Ensino Médio. Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. MEC/SEB, Brasília, 2006.

GLOCK, H. J. Dicionário Wittgenstein. Tradução Helena Martins. Revisão técnica: Luiz Carlos Pereira. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998.

GOTTSCHALK, C. M. C. A Natureza do Conhecimento Matemático sob a Perspectiva de Wittgenstein: algumas implicações educacionais. Caderno de Hisória e Filosofia da Ciência. Campinas, Série 3, v. 14, n. 2, p. 305-334, jul.-dez. 2004.

GOTTSCHALK, C. M. C. Algumas observações sobre a questão da possibilidade de aprendizagem sem linguagem. In.: GOTTSCHALK, C. M. C.; PAGOTTO-EUZEBIO, M. S.; ALMEIDA, R. Filosofia e Educação: Interfaces. São Paulo: Képos, 2014. p. 101-110.

GOTTSCHALK, Cristiane Maria Cornelia. Ver e ver como na construção do conhecimento matemático. In: IMAGUIRE, Guido; MONTENEGRO, Maria Aparecida; PEQUENO, Tarcísio (Org.). Colóquio Wittgenstein. Fortaleza: Edições UFC, 2006, pp. 73-93

MACHADO, Alexandre N. Realismo, normatividade e lógica. In.: Lógica e forma de vida. São Leopoldo: Ed. Unisinos, 2007. p. 203-263

MORENO, A. R. Introdução a uma epistemologia do uso. Caderno CRH, Salvador, v. 25, n. 2, p. 73-95, 2012. DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-49792012000500006

MORENO, A. R. Introdução a uma pragmática filosófica: de uma concepção de filosofia como atividade terapêutica a uma filosofia da linguagem. Campinas-SP: Editora da Unicamp, 2005.

MORENO, A. R. Wittgenstein: os labirintos da linguagem: ensaio introdutório. São Paulo: Moderna. Campinas-SP: Editora de Universidade de Campinas, 2000.

OLIVEIRA, M. S. A utilização de gestos ostensivos no ensino de conceitos matemáticos: uma interpretação à luz da filosofia de Wittgenstein. Tese (doutorado em Educação em Ciências e Matemáticas) – Universidade Federal do Pará, Belém, 2018.

OLIVEIRA, M. S.; SILVEIRA, M. R. A. Falar e Mostrar para Provar: Uma Contribuição Teórica sobre a Utilização dos Gestos Ostensivos Wittgensteinianos como Auxiliares na Prova Matemática. ALEXANDRIA: Revista de Educação em Ciência e Tecnologia, vol.9, n.2, p.271-285, novembro, 2016. DOI: https://doi.org/10.5007/1982-5153.2016v9n2p271

OLIVEIRA, M. S.; SILVEIRA, M. R. A. Entre o empírico e o transcendental: gestos ostensivos wittgensteinianos no ensino da matemática. BoEM: Boletim online de Educação Matemática, vol.5. n.8, p. 93-110, jan./jul. 2017. DOI: https://doi.org/10.5965/2357724X05082017093

SILVEIRA, M. R. A. Compreensão da matemática no uso de símbolos e da gramática. Revista Guillermo de Ockham, Volume 15, n.1, p.51-57, Enero-junio, 2017. DOI: https://doi.org/10.21500/22563202.3190

WITTGENSTEIN, L. Escrito a Maquina [The Big Typescript] (BT).Tradución: Jesús Padilla Gávez. Madrid: Editorial Trotta, 2014.

WITTGENSTEIN, L. Investigações Filosóficas (IF). Tradução José Carlos Bruni. São Paulo: Nova Cultura, 1999.

WITTGENSTEIN, L. Fichas (Zettel) (Z). Tradução: Ana Berhan da Costa. Lisboa: Edições 70, 1989.

WITTGENSTEIN, L. Gramática Filosófica (GF). Tradução: Luiz Carlos Borges. São Paulo: Edições Loiola, 2003.

WITTGENSTEIN, L. O Livro Castanho (BBr). Trdução: Jorge Marques. Lisboa: Edições 70, 1992.

WITTGENSTEIN, L. O Livro Azul (BB). Tradução: Jorge Mendes. Lisboa: Edições 70, 2008.

Downloads

Publicado

2019-09-14
Métricas
  • Visualizações do Artigo 117
  • PDF downloads: 76

Como Citar

SOUSA OLIVEIRA, Marcelo de. O uso gramatical do gesto ostensivo: uma análise sobre o ensino de conceitos matemáticos. REMATEC, [s. l.], v. 14, n. 31, p. 104–119, 2019. DOI: 10.37084/REMATEC.1980-3141.2019.n31.p104-119.id190. Disponível em: http://www.rematec.net.br/index.php/rematec/article/view/170. Acesso em: 19 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos Cientí­ficos