Uma análise do discurso foucaultiana sobre os castigos escolares

Alice Stephanie Tapia Sartori; Claudia Glavam Duarte

doi:10.37084/REMATEC.1980-3141.2023.n43.pe2023019.id489

Autores

Alice Stephanie Tapia Sartori Universidade Federal do Rio Grande do Sul https://orcid.org/0000-0002-0442-6645 http://lattes.cnpq.br/5665553878158954
Claudia Glavam Duarte Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) https://orcid.org/0000-0002-8608-5855 http://lattes.cnpq.br/9441432616334471

DOI:

10.37084/REMATEC.1980-3141.2023.n43.pe2023019.id489

Palavras-chave:

Análise do discurso, Michel Foucault, Castigos escolares, Revista Nova Escola

Resumo

Nesse artigo buscamos evidenciar elementos da análise do discurso foucaultiana, considerando como objeto de investigação os castigos escolares a partir dos discursos da Revista Nova Escola. Que descontinuidades os enunciados emergentes nas Revistas nos apontam acerca das punições na escola? Justificamos a escolha da Nova Escola a partir dos procedimentos elucidados por Foucault em sua obra A ordem do discurso (1996), a saber: os de exclusão, os internos e os de rarefação. De acordo com as enunciações destacadas na análise, inferimos que os castigos impostos aos alunos se caracterizam não mais como físicos, mas como castigos ao “espírito”. Punições corporais como a palmatória foram sendo substituídas por estratégias de correção mais sutis, micropenalidades que atuam não somente sobre o corpo. Assim, a discussão iniciada por vias do castigo físico e continuada pelos castigos da alma evidencia o entendimento foucaultiano de relações de poder.

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Biografia do Autor

Alice Stephanie Tapia Sartori, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Licenciada em Matemática pela Universidade Federal de Santa Catarina (2012), Mestre em Educação Científica e Tecnológica pelo Programa de Pós-Graduação em Educação Científica e Tecnológica da Universidade Federal de Santa Catarina (2015) e Doutora pelo mesmo Programa (2019). Atualmente é Professora do Departamento Interdisciplinar da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Professora no Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências (PPgECi) da UFRGS. Possui interesse nas temáticas sobre Educação Matemática, Formação de Professores de Ciências e Matemática, a partir das vertentes teóricas pós-estruturalistas. É pesquisadora do GEEMCo: Grupo de Estudos em Educação Matemática e Contemporaneidade da UFRGS.

Claudia Glavam Duarte, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Possui graduação em Licenciatura Plena em Ciências e Matemática - 1º g pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1990), Mestrado em Educação pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (2003) e doutorado em Educação pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (2009). Atualmente é professora do curso de licenciatura em Educação do Campo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul - Campus Litoral Norte e do Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências: Química da vida e saúde atuando na linha de pesquisa Educação Científica: Implicações das práticas científicas na constituição dos sujeitos, vinculada ao campo da Educação Matemática e Educação do campo. Atua, também, no Programa de Pós Graduação em Ensino da Matemática, especificamente na linha de pesquisa: Formação de professores de Matemática e Novas Tendências. As investigações e análises realizadas possuem como ferramentas teóricas vertentes pós-estruturalistas advindas principalmente das teorizações de Michel Foucault, Gilles Deleuze e Ludwig Wittgenstein. Tem experiência na área de Educação atuando principalmente nos seguintes temas: Educação Matemática; Diversidade, Educação do Campo, saberes populares e conhecimento científico,Etnomatemática e currículo . Coordena o Grupo de Estudos em Educação Matemática e Contemporaneidade (GEEMCo).

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