Gênese Instrumental das Barras de Cuisenaire na Formação Inicial de Professores de Matemática

Autores

DOI:

10.37084/REMATEC.1980-3141.2023.n43.pe2023029.id497

Palavras-chave:

Educação Matemática, Gênese Instrumental, Barras de Cuisenaire, Fração

Resumo

Este trabalho apresenta parte dos resultados de uma pesquisa de Pós-doutorado em Educação Matemática e tem como objetivo analisar o  fenômeno da Gênese Instrumental na interação com o artefato barras de Cuisenaire no processo de significação do objeto matemático divisão de frações. Os participantes são licenciandos em Matemática de uma universidade pública do Amazonas. O referencial teórico subjacente é a Abordagem Instrumental de Pierre Rabardel. Com uma abordagem qualitativa, esta pesquisa descritiva possui delineamento de uma pesquisa-ação-formação, os dados foram coletados a partir da observação, questionários e gravação em vídeo. A transformação do artefato barras de Cuisenaire  em  instrumento  pode  ser  constatada  por  meio  da  mobilização  dos  esquemas  de  utilização do tipo esquemas de ação coletiva instrumentada, caracterizando assim o fenômeno da Gênese Instrumental.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Francisco Eteval Feitosa, Universidade Federal do Amazonas

Possui Licenciatura Plena em Matemática pela Universidade Federal do Amazonas (1999), mestrado em Matemática pela Universidade Federal do Amazonas (2002),Doutorado em Matemática pela Universidade Federal do Amazonas (2016) com participação no PVE?s - 2013 - 3º cronograma com a Capes como instituição de fomento de Doutorado Sanduíche na Alemanha e Pós-Doutorado em Educação Matemática pela PUC-SP. Atualmente é professor adjunto no Departamento de Matemática da Universidade Federal do Amazonas, professor do Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Matemática (PPGECIM-UFAM). Tem experiência na área de Matemática, com ênfase em Educação Matemática, atuando principalmente nos seguintes temas: Matemática, Didática da Matemática, Educação Matemática no Ensino Superior, Feiras de Matemática e Metodologias Ativas.

Veronica Gitirana Gomes Ferreira, Universidade Federal de Pernambuco

Atualmente como Professora Titular da Universidade Federal de Pernambuco no CAA - Campus Acadêmico do Agreste, Pós-doutora (com Bolsa de Estágio Sénior da CAPES) junto ao IFÉ (Institute Français d?Éducation) da ENS-Lyon na França, em 2017-2018, pesquisando na área de recursos docente para o ensino da matemática, Verônica Gitirana concentra suas pesquisas no desenvolvimento, use e validação de recursos digitais para o ensino da matemática e formação dos professores, nesse contexto. Trabalha também com outros recursos, como Livro-didático, jogos matemáticos com materiais manipulativos. Coordenou, também, a avaliação em Matemática do Programa Nacional do Livro Didático de 2018, 2017, 2016. Bacharel e Mestre em Matemática pela UFPE, ela doutorou-se pelo Instituto de Educação da Universidade de Londres em 1998, investigando o uso de softwares no ensino de Funções. Atualmente, pauta seus estudos na: abordagem documental do didático, orquestração instrumental, metaorquestração instrumental, orquestrações de formação, teoria dos campos conceituais e teoria dos esquemas, teoria histórico-cultural da atividade, CSCL e o registro de representação semiótica. 

Roberta dos Santos Rodrigues, Universidade Federal do Amazonas

Está se graduando em Licenciatura em Matemática pela Universidade Federal do Amazonas. Foi bolsista no Projeto SUPER, uma parceria entre a UFAM e a Samsung, atuando como monitora na disciplina de Cálculo I, e hoje atua como bolsista FAPEAM na área de Ciências Exatas e da Terra na UFAM

Referências

BAILEY, Drew H. et al. Competence with fractions predicts gains in mathematics achievement. Journal of experimental child psychology, v. 113, n. 3, p. 447-455, 2012. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0022096512001063. Acesso em: 15 jun. 2023. DOI: https://doi.org/10.1016/j.jecp.2012.06.004

BELLEMAIN, Franck; TROUCHE, Luc. Compreender o trabalho do professor com os recursos de seu ensino, um questionamento didático e informático. Caminhos da Educação Matemática em Revista, v. 9, n. 1, p. 105-144, 2018. Disponível em: http://funes.uniandes.edu.co/28574/1/Bellemain2018COMPREENDER.pdf. Acesso em: 15 jun. 2023.

BOALER, Jo. Mentalidades matemáticas: estimulando o potencial dos estudantes por meio da matemática criativa, das mensagens inspiradoras e do ensino inovador. Porto Alegre: Penso, 2018.

BOALER, Jo. Mentalidades matemáticas na sala de aula: ensino fundamental, v. 2. Porto Alegre: Penso, 2020.

BOOTH, Julie L.; NEWTON, Kristie J. Fractions: Could they really be the gatekeeper’s doorman?. Contemporary Educational Psychology, v. 37, n. 4, p. 247-253, 2012. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0361476X12000392. Acesso em: 15 jun. 2023. DOI: https://doi.org/10.1016/j.cedpsych.2012.07.001

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular–Documento preliminar. MEC:Brasília, DF, 2017.

CARAÇA, B. J. Conceitos Fundamentais da Matemática. 9 ed. Lisboa: Livraria Sá da Costa Editora, 1989.

CRESWELL, J. W. Projeto de pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto; Tradução Magda Lopes. – 3 ed. – Porto Alegre: ARTMED, 296 páginas, 2010.

DRIJVERS, Paul et al. The teacher and the tool: Instrumental orchestrations in the technology-rich mathematics classroom. Educational Studies in mathematics, v. 75, p. 213-234, 2010.

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2008. https://doi.org/10.1007/s10649-010-9254-5. Acesso em: 15 jun. 2023. DOI: https://doi.org/10.1007/s10649-010-9254-5

POWELL, A. B. Melhorando a Epistemologia de Números Fracionários: uma Ontologia ba- seada na História e Neurociência. REMATEC, [S. l.], v. 13, n. 29, 2018a. DOI: 10.37084/REMATEC.1980-3141.2018.n29.p%p.id148. Disponível em: https://www.rematec.net.br/index.php/rematec/article/view/200. Acesso em: 15 jun. 2023.

POWELL, Arthur B.. Reaching back to advance: Towards a 21st-century approach to fraction knowledge with the 4A-Instructional Model. Perspectiva, v. 36, n. 2, p. 399-420, 2018b. DOI: https://doi.org/10.5007/2175-795X.2018v36n2p399

Disponível em: http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-54732018000200399&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 15 jun. 2023.

POWELL, A. B. Measuring Perspective of Fraction Knowledge: Integrating Historical and Neurocognitive Findings. ReviSeM, Sergipe,n. 1, p. 1-19, 2019a. Disponível em: http://funes.uniandes.edu.co/30098/1/Belford2019Measuring.pdf. Acesso em: 15 jun. 2023. DOI: https://doi.org/10.34179/revisem.v4i1.11286

POWELL, A. B. How does a fraction get its name?. Revista Brasileira de Educação em Ciências e Educação Matemática, [S. l.], v. 3, n. 3, p. 700–713, 2019. DOI: 10.33238/ReBECEM.2019.v.3.n.3.23846. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/rebecem/article/view/23846. Acesso em: 15 jun. 2023. DOI: https://doi.org/10.33238/ReBECEM.2019.v.3.n.3.23846

RABARDEL, P. Les hommes et les technologies, approche cognitive des instruments contemporains. Paris: Armand Colin, 1995. 239 p. Disponível em: https://hal.science/hal-01017462/document. Acesso em: 15 jun. 2023.

SALAZAR, J. V. F. Gênese instrumental na interação com Cabri 3D: um estudo de transformações geométricas no espaço. 2009, 319f, Tese (Doutorado em Educação Matemática) – Programa de Estudos Pós Graduados em Educação Matemática. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2009. Disponível em: http://www.pucsp.br/pos/edmat. Acesso em: 15 jun. 2023.

SIEGLER, Robert S. et al. Fractions: The new frontier for theories of numerical development. Trends in cognitive sciences, v. 17, n. 1, p. 13-19, 2013. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1364661312002653. Acesso em: 15 jun. 2023. DOI: https://doi.org/10.1016/j.tics.2012.11.004

THIOLLENT, Michel. Metodologia da Pesquisa-Ação. São Paulo: Cortez, 1985.

TORBEYNS, Joke et al. Bridging the gap: Fraction understanding is central to mathematics achievement in students from three different continents. Learning and instruction, v. 37, p. 5-13, 2015. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0959475214000255. Acesso em: 15 jun. 2023. DOI: https://doi.org/10.1016/j.learninstruc.2014.03.002

TROUCHE, L. Environnements informatisés et mathématiques: quels usages pour

quells apprentissages? Educational Studies in Mathematics. v.55, pp.181-197,

Disponível em: https://link.springer.com/article/10.1023/B:EDUC.0000017674.82796.62. Acesso em: 15 jun. 2023.

TROUCHE, Luc. An instrumental approach to mathematics learning in symbolic calculator environments. In: The didactical challenge of symbolic calculators. Springer, Boston, MA, 2005. p. 137-162. Disponível em: https://link.springer.com/chapter/10.1007/0-387-23435-7_7. Acesso em: 15 jun. 2023. DOI: https://doi.org/10.1007/0-387-23435-7_7

VERGNAUD, Gérard. Teoria dos Campos Conceituais. Anais do Primeiro Seminário Internacional De Educação Matemática do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro. 1993.

VERGNAUD, G. Au fond de l’apprentissage, la conceptualisation. In: ÉCOLE D’ETE DE DIDACTIQUE DES MATHEMATIQUES. Actes de la 8ème Ecole d'Eté de Didactique des Mathématiques. Clermont-Ferrand: IREM (Université Clermont-Ferrand 2), 1996. p. 174-185.

VERILLON, Pierre; RABARDEL, Pierre. Cognition and artifacts: A contribution to the study of though in relation to instrumented activity. European journal of psychology of education, p. 77-101, 1995. DOI: https://doi.org/10.1007/BF03172796

WEARNE, D; KOUBA, V. L. Rational numbers. In: SILVER, E. A.; KENNEY, P. A. Results from the seventh mathematics assessment of the National Assessment of Educational Progress. Reston, VA: National Council of Teachers of Mathematics, 2000. p. 163-191.

XIMENES , P. de A. S. .; PEDRO, L. G. . .; CORRÊA , A. M. de C. . A pesquisa-formação sob diferentes perspectivas no campo do desenvolvimento profissional docente . Ensino em Re-Vista, [S. l.], v. 29, n. Contínua, p. e010, 2022. DOI: 10.14393/ER-v29a2022-10. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/emrevista/article/view/64666. Acesso em: 15 jun. 2023. DOI: https://doi.org/10.14393/ER-v29a2022-10

ZUCHI, I. A integração dos ambientes tecnológicos em sala: novas potencialidades e novas formas de trabalho. In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO MATEMÁTICA, 2, 2008, Recife. Matemática Formal e Matemática não-Formal 20 anos depois: sala de aula e outros contextos. Universidade Federal Rural de Pernambuco, 155f, Recife, 2008. Disponível em: http://www.ded.ufrpe.br/sistemática/CD-Rom%202%2OSIPEMAT/artigos/CO-167.pdf> Acesso em: 15 jun. 2023.

Downloads

Publicado

2023-08-13
Métricas
  • Visualizações do Artigo 92
  • PDF downloads: 115

Como Citar

FEITOSA, Francisco Eteval; FERREIRA, Veronica Gitirana Gomes; RODRIGUES, Roberta dos Santos. Gênese Instrumental das Barras de Cuisenaire na Formação Inicial de Professores de Matemática. REMATEC, [s. l.], v. 18, n. 43, p. e2023029, 2023. DOI: 10.37084/REMATEC.1980-3141.2023.n43.pe2023029.id497. Disponível em: http://www.rematec.net.br/index.php/rematec/article/view/497. Acesso em: 10 maio. 2024.

Edição

Seção

Artigos Cientí­ficos