Usos da linguagem matemática pelo professor formador de física numa perspectiva Wittgensteiniana

Autores

DOI:

10.37084/REMATEC.1980-3141.2023.n43.pe2023012.id474

Palavras-chave:

Linguagem matemática, ensino de Física, filosofia da linguagem de Wittgenstein

Resumo

Este artigo traz resultados parciais de uma tese de doutorado que visa olhar para o uso da linguagem matemática no contexto da formação de professores de Física. A pesquisa está subsidiada pela segunda filosofia da linguagem de Wittgenstein. O interesse por olhar esta relação da Matemática e da Física ganha espaço por meio de falas dos professores de Física, ao atribuírem à Matemática a responsabilidade pelo não-aprendizado em Física. Pudemos assim, na utilização de observações de aulas de três professores da licenciatura em Física, extrair por meio de suas falas, concepções sobre esta relação e delas compreender como eles fazem uso da Matemática nesse contexto. Utilizamos a Análise Textual Discursiva como instrumento de análise dessas falas para melhor compreensão. Os resultados apontam que os professores trazem concepções que estão vinculadas às perspectivas filosóficas tradicionais e estas, por vezes, são reproduzidas no uso da Matemática durante o ensino de Física.

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Biografia do Autor

Alyne Maria Rosa de Araújo Dias, Universidade Federal do Pará

Possui graduação em Licenciatura em Matemática pela Universidade Federal do Pará (2004) e mestrado em Pós-graduação em Educação de Ciências e Matemática pela Universidade Federal do Pará (2008). Tem experiência na área de Matemática, com ênfase em Matemática Básica e de Nível Superior, atuando principalmente nos seguintes temas: linguagem matemática e processo de ensino e aprendizagem. Atualmente, atuo com dedicação exclusiva no Instituto Federal do Pará- Campus Bragança nos cursos de ensino médio técnico integrado e ensino superior tecnológico e estou como doutoranda do programa de Pós-graduação em Educação em Ciências e Matemáticas, com ingresso no ano de 2020, desenvolvendo pesquisas na área de linguagem matemática na perspectiva filosófica do segundo Wittgenstein

Paulo Vilhena da Silva, Universidade Federal do Pará

Doutor em Educação em Ciências e Matemáticas (área de concentração: Educação Matemática) (UFPA, 2016). Mestre em Educação em Ciências e Matemáticas (área de concentração: Educação Matemática) (UFPA, 2011). Possuo graduação em Licenciatura Plena em Matemática (UFPA, 2008). Sou professor efetivo do Instituto de Ciências Exatas e Naturais (UFPA), atuando na Licenciatura em Matemática e no Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional (PROFMAT). Credenciado no Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemáticas (PPGECM/UFPA) e no Programa de Doutorado em Educação em Ciências e Matemática (PPGECEM/UFPA). Líder do Grupo de Estudos e Pesquisas em Linguagem Matemática (GELIM) (IEMCI/UFPA) e membro do Grupo de Estudos e Pesquisas em Ensino e Educação Matemática (GEEM) (ICEN/UFPA). Atualmente venho pesquisando a respeito das influências da linguagem no ensino da Matemática e dedico-me à leitura das obras do filósofo Ludwig Wittgenstein.

Tadeu Oliver Gonçalves, Universidade Federal do Pará

Doutor em Educação Matemática pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Professor titular da Universidade Federal do Pará. É docente/pesquisador do Programa de Pós-graduação em Educação em Ciências e Matemática (PPGECM/IEMCI/UFPA), Belém, Pará, Brasil

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2023-05-01
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Como Citar

DIAS, Alyne Maria Rosa de Araújo; VILHENA DA SILVA, Paulo; GONÇALVES, Tadeu Oliver. Usos da linguagem matemática pelo professor formador de física numa perspectiva Wittgensteiniana. REMATEC, [s. l.], v. 18, n. 43, p. e2023012, 2023. DOI: 10.37084/REMATEC.1980-3141.2023.n43.pe2023012.id474. Disponível em: http://www.rematec.net.br/index.php/rematec/article/view/474. Acesso em: 2 maio. 2024.

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